Para quem usa a Internet, o Google parece estar aqui há muito tempo, mas é uma empresa relativamente nova. Esse mês, o Google comemora sua primeira década (não possui um dia exato, mas sim “quando estiverem sentindo vontade de cortar um bolo“) e podemos dizer em grande estilo: sua marca é a mais poderosa do mundo, seu site é de longe o mais acessado da Internet, seus produtos são largamente difundidos entre os usuários e com tão pouco tempo de vida, a empresa foi capaz de desbancar a hegemonia da Microsoft, até então líder do mercado de software. Hoje no blog oficial do Google, parece ter sido o grande dia de comemoração da primeira década de sucesso.

Em todo o mês, o Google divulgou diversos produtos, com destaque o seu primeiro navegador da web, o Google Chrome e publicou diversos artigos exemplificando quais são as projeções para seus próximos 10 anos.

Para saber tudo o que se passou pela empresa que saiu de uma pesquisa de dois alunos de uma universidade para uma das marcas mais influentes do mundo, consulte a linha do tempo dos 10 anos criada especialmente para essa comemoração.

Ainda em comemoração, o Google lançou um projeto humanitário o Projeto 10^100 (10 elevado a 100) que dará 10 milhões de dólares para implementar a melhor idéia de projeto que ajude mais pessoas no mundo.

Nesses 10 anos, o Google tem se mostrado uma empresa criativa, sempre mostrando ao mundo como lucrar sem ter que ser cruel. É comum, por exemplo, que a grande maioria dos projetos do Google tenham seu código fonte aberto (OpenSource) ou que tenha conexões para que outros produtos utilizem a infraestrutura do Google para se beneficiar da tecnologia criada por eles.

Eles também são bem claros com suas ações empresariais. Sim, o Google é uma empresa que visa lucros, mas costuma respeitar seus clientes e até seus concorrentes. Um exemplo é o site especialmente criado para explicar como será a parceria com o Yahoo! para propagandas. Claro, simples e sem esmagar o concorrente sem chances de resposta.

Espero que os próximos 10 anos continuem sendo brilhantes para o Google e que eles continuem trabalhando para melhorar a experiência de todos na Internet e no dia-a-dia em geral. Espero também que eles sirvam de exemplo para empresas como a Microsoft, que sempre teve uma visão mais monopolista (lembram-se da primeira guerra dos Browsers?). Parabéns, Google!

Engraçado, mas parece que nem a pior teoria da conspiração parece afetar o Google porque a empresa  aparenta fazer tudo sempre para o bem da comunidade. Na última semana, o Google lançou o Google Chrome, navegador que estava há algum tempo em desenvolvimento e veio para iniciar a terceira fase da briga dos navegadores, dando um banho em quem achava que o Google apostaria eternamente no sucesso do Firefox.

No mesmo dia do lançamento do Chrome, foi lançado ainda uma nova versão do Picasa, tanto para web quanto para desktop, que possui reconhecimento facial. Talvez esse lançamento tenha sido um pouco ofuscado pelo Chrome, mas é tão interessante quanto uma vez que o computador consegue diferenciar cada pessoa em uma foto.

No entanto, neste mês que o Google completa sua primeira década de vida, a mais nova “gracinha” é o que está sendo chamado de Google Navy, um datacenter do Google com que ficará sobre navios. Em resumo, um datacenter é um grande parque de servidores responsáveis por armazenar e processar as informações. No caso do Google, esses datacenters são enormes terrenos que consomem muita energia e geram muito calor.

Um datacenter em um navio permite que a energia elétrica seja gerada pela força da água. Além disso, o resfriamento também é a base d’água, que nesse caso, é um recurso em abundância. Para poluir menos, isso faz muito sentido, principalmente falando do Google que não tem apenas um mega-datacenter no mundo, mas centenas deles.

A patente deste projeto do Google pode ser lida na íntegra neste endereço.

Fora a quantidade de informação que o Google possui sobre cada um de nós e a possibilidade de cruzá-las para obter novidades a cada minuto, sempre parece que esses avanços tecnológicos, tidos como impossíveis vêm para o bem. Aliás, para uma empresa cuja missão é “organizar toda a informação do mundo”, nada parece ser impossível. Go, go, Google!